Marlos Vasconcelos, [ex Tormented Death], atual vocalista do Faith Cross, nos informou que o um dos caras que o agrediu em 93, se converteu ao cristianismo. Nessa época ele ainda não tinha formado sua banda Tormented Death [Splatter], mas , ‘os satanistas’, sabia que Marlos era um militante do metal cristão em Curitiba e covardemente o atacaram. [as usual from the horned]...
Obviamente isso causou uma certa fúria entre os amigos, cristãos, porém Marlos conteve o ódio e não deixou que isso o tirasse do underground cristão que começava a ficar forte no Brasil.
Mas essa história só veio ao conhecimento do público, quando o fanzine Metal Mission publicou o relato, feito pelo o próprio Marlos, algum tempo depois. Mas o que poucos sabem, é que um dos black metal que o atacou, era um músico da banda satânica Murder Rape, que agora é um cristão e amigo de Marlos.
Tormented Death foi uma das primeiras bandas, que pegou praticamente o começo do white metal no brasil. Já causando uma certa polêmica, por se rotularem splatter, que numa tradução mais precisa seria isso: [mutilações, doenças, descrições de estados de decomposição da carne e dos tecidos vivos.] e por ser um estilo que ainda não era popular no underground cristão, eles acabaram ganhando ‘mais fama’ com isso, apesar do pouco tempo de vida.. Formada mais ou menos em 91/92 ,por Marlos Vasconcellos (guitar), Carlos (Vocal), Jr (Bass) e Crystian (drum), ficaram conhecidos na cena, mas encerrou as atividades sem deixar nenhum material lançado. E para explicar isso, um dos criadores, fala aqui, sobre o Tormented Death ... Com a palavra, Marlos Vasconcellos.
marlos_vasconcelos@yahoo.com.br
By Norman
O pessoal mais old school deve lembrar de você, quando ainda estava no Tormented Death. Mas alguns devem ser com eu, que lembra daquele testemunho publicado na revista metal mission. Nos conte um pouco sobre a sua história. Porque o Tormented Death não chegou lançar nenhum material?
Marlos -Eu fui um dos pioneiros do movimento White Metal em Curitiba. Converti-me ouvindo uma fita K7 do Stryper, Soldiers Under Command, isso em 1988. Passei então a ser evangelista no meio dos headbangers de Curitiba. Devido à inexperiência no inicio da minha vida com Deus, arrumei muitos problemas com eles, pois queria enfiar o Evangelho goela abaixo naquele povo. Como a cena black metal sempre foi forte e há cerca de 12 anos atrás não havia muita gente envolvida no metal cristão, eu era muito visado pelos os satanistas. Daí surgiu o testemunho de quando levei aquela surra por parte dos discordantes da pregação da palavra de Deus. O Tormented não lançou material porque no auge da banda, , o baterista e o baixista deixaram a banda, e eu e o Carlos tomamos rumos diferentes.
E como foi que você se tornou metalhead cristão? Teve influência de alguma banda?
Como disse anteriormente, o Stryper foi minha principal influência musical e espiritual...
Pelo o que sei, o TD, seria a única banda splatter cristão no underground na época. Era exatamente esse estilo definido por vocês?
Era sim! Pois as letras escritas pelo o Carlos falavam da podridão, de uma vida sem Deus. Ele procurava temas splatter na Biblia, o incrível é que ele encontrava. Risos!!!
Musicalmente éramos influenciados pelo Carcass,Cadaver,Autopsy...
Com fim do TD,você não pensou em montar nenhum outro projeto? Você também sumiu da cena. Você poderia nos falar sobre esse anonimato... risos
Queria na época até montar uma outra banda, mas sei lá , Deus nos usa de outras maneiras também. Passei um tempo fora do White e quase abandonei a fé. Tive problemas sérios em minha vida pessoal, mas quando penso no que Jesus fez por mim na cruz, e tudo pelo o que já passei pregando o evangelho, sinto vergonha de ter pensado em deixá-lo... Hoje estou bem, sendo restaurado em todas as áreas. Deixei a guitarra de lado e estou há alguns anos estudando canto lírico. Pretendo ainda montar uma banda de Prog metal ou hard rock comigo nos vocais.
Por onde anda os outros membros do TD?
Jr - Belo Horizonte - MG
Crystian Anderson - Curitiba - tocando rock n roll antigo
Carlos Nogarolli - Curitiba - Tocando numa banda de heavy tradicional
Você tinha falado que tinha um material da banda guardado para um futuro lançamento... Nos fale sobre esse material, que poucos deve ter tido acesso...
Tínhamos uma ‘demo’ ensaio gravada com o Claudio Tibérius (Berith) na bateria... Confesso que não sei onde foi parar esse material.O Crystian queria gravar as músicas antigas em estúdio e até que eu gostei da idéia, mas por enquanto, isso não é possível , mesmo porque minhas prioridades são outras.
Acredito que você esteja acompanhando a cena ‘white metal’ , visto que ajudou muito no começo. Como é que você ver a cena hoje em dia, comparando com o começo, do qual participou... O que realmente você não esquece daquele tempo?
A cena atual mudou bastante em função da falta de comprometimento de muita gente, envolvida nesse meio. Virou uma oba-oba e tá na modinha montar uma banda de white. Mas em compensação surgiram as comunidades underground e isso foi muito legal cara!!!! É uma grande benção termos hoje a Zadoque,Golgota,Metanoia e outras
Ser um músico underground e tocar numa banda de um estilo bem incomum, e ser cristão, é um tarefa pesada, na minha opinião. Você poderia nos contar o que aprendeu com isso? Como é servi ao mestre Jesus Cristo, em meio a tantas lutas... Tantas dificuldades, sofrimentos e dor...
Aprendi que a maior oposição ao white metal não vem do mundo, e sim das próprias igrejas evangélicas. Essa sempre foi a nossa maior luta, principalmente nos anos 80. O lado bom e delicioso é sentir a presença de Deus em todo esse trabalho. Depois de muita insistências começamos a ser aceitos entre os headbangers seculares. Até hoje temos grandes amigos dessa época. Os que ainda não se converteram aprenderam a nos respeitar pelo que somos.
Nos tornamos amigos já algum tempo e confesso que o considero importante na cena. Sempre estou falando contigo sobre isso. Esse show que Stryper vai fazer no Brasil, mexeu com seu coração, não é?
Ah sim cara!!! Não posso perder de ver meus pais na fé! É um sonho, prestes a virar realidade!
Outra banda, da época do TD, voltou recentemente, com a formação original. O polêmico, Berith. O que você acha disso? E será que existe uma possibilidade do Tormented Death voltar?
Achei o máximo.. Aprendi muito com o Claudio Tiberius, tivemos uma pequena mas boa convivencia.Ele é um cara que admiro muito por sua fé e espírito de luta. Desejo o melhor a esses irmãos e que a banda consiga atingir a todos os seus objetivos. Sobre a volta do Tormented, Só se fossem com outros músicos, porque o pessoal que estava comigo tomou um direcionamento bem diferente. Eu teria que orar a Deus pra confirmar a vontade DELE pra minha vida e se realmente é necessária a volta da banda.
Você está estudando vocal e ouvi uma prévia, da música Dust In The Wind (Kansas) e gostei bastante da versão... Risos. Nos conte sobre esse sonho de ser um grande vocalista de heavy metal... Parece-me que ‘power - prog metal’ é que você anda ouvindo, não?
Sim, ouço muito prog. Estou começando a reunir uma boa turminha aqui pra gente começar alguns ensaios. A idéia é fazer um som na linha prog mesmo! Obrigado pelas boas críticas sobre a versão de Dust in the Wind, que fiz. Essa música foi escrita pelo o Kerry LIvgreen , (Kansas) que tem uma carreira solo no meio cristão.
Eu também sei que você escreve poesias... Já li algumas delas num velho blog seu e achei bastante sombrias... Poderia contar sobre esse lado ‘escritor’ seu?
Eu escrevo desde muito cedo. Com aproximadamente 11 anos de idade comecei a escrever poesias e crônicas sobre a minha vida. Sem duvida vivi alguns momentos sombrios que relatei em versos. Acho que todo artista tem um pouco de
tudo...Escritor mú sica, ator...
Bom o grand finale é contigo. Espero que tenha gostado da entrevista. Nos vemos no show do Stryper em agosto.
Obrigado pelo espaço Norman!! Que Deus continue abençoando muito você e seu trabalho com 'fanzineiro'. Já tenho presenciado grandes bênçãos na sua vida!!!!
E que venha o Stryper!!!!!!!!!!!
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