[SIN] KILLER: Fábio Carvalho - Take your faith to the 'underground'

quarta-feira, novembro 01, 2006

Fábio Carvalho - Take your faith to the 'underground'

Se você ainda é daqueles, que associa a palavra Pastor, aquele homem de terno, que só sabe dá sermões chato, um verdadeiro, “bible bashing”? então eu poderia muito bem colocá-lo de castigo, ouvindo o Mortification, ou quem sabe, presentear com um cd do Antidemon. Brincadeira besta a parte, o cara, o pastor, Fábio Carvalho é bastante ‘conhecido’ na cena underground, e não se engane, pois se sua fé não é real, certamente ficará inibido com sua presença.
Tire um pouco do seu tempo pra conferir essa entrevista com esse great guy...


Norman

Norman: É verdade, que ao lado do Sandro Baggio, você é um dos que trouxe o metal cristão para o Brasil? Você poderia contar um pouco sobre como foi que tudo começou?

Fábio: Foi algo meio simultâneo, não houve nenhuma intenção nem a pretensão de sermos vistos como ‘PIONEIROS” do metal cristão. Na verdade, o Sandro me apresentou o som do Petra (início dos anos 80) logo depois, descobri “por acaso” o Stryper numa loja secular. Pirei!!!! Semanas depois conheci o Cláudio Tibérius, que já estava envolvido com a cultura da musica cristã “underground” e o Denilson de Porto Alegre. Pronto! Estava feito o “movimento” risos!!! Depois disso, vivíamos trocando informações, zines e “fitas”. Não tínhamos tanto acesso ao que acontecia “lá fora” e quando o Sandro, nosso “mantenedor mor” de material metálico, conseguia alguma coisa, era uma festa... Daí muitos outros brothers do país começaram a fortalecer o “movimento” com materiais de bandas, magazines e releases. Sempre que alguém conseguia o trabalho de alguma banda, logo estávamos todos ouvindo, comentando e divulgando. Principalmente no meio secular.

N: Você é um pastor, porém que também curte música pesada. [bagaçeira! desgraçeira! podreira! somada a uma temática visceral, verdadeira, inquietante, um verdadeiro antídoto á boçalidade cultural! uma bomba nuclear sonora] Isso facilita seu trabalho?

F:Creio que de certa forma, sim, mas não é, em hipótese alguma um requisito imprescindível, para o exercício ministerial.

N: Você morou um tempo fora do Brasil. Em relação ao ‘mundo underground’ como foi sua experiência por lá?


F:Muito interessante. A idéia de “underground” que se tem por aqui, não é necessariamente a mesma da galera de outros países. Principalmente porque, aqui a idéia está muito relacionada à estética, visual etc... Mas graças a DEUS, isso tem mudado e a galera que leva isso a sério mesmo, não está nem aí pra visual. E há também a noção de que um “verdadeiro” underground é aquele que TEM sempre que estar sem dinheiro, sujo, tosco e detonado e realiza eventos com poucos recursos e de baixa qualidade! ... Ao passo que em alguns paises, os caras são desprendidos do consumismo e do capitalismo, mas também da “miséria absoluta”. Ser pobre não é ser underground, necessariamente, e vice-versa. Pra muitos jovens, em outros paises, a contra-cultura é visto como um estilo de vida e não como um “movimento”.

N: Como você descrevia um cristão exemplar? Você se ofenderia com a pergunta, que tipo de cristão é você?

F:Um cristão é um ser humano vivendo um relacionamento com DEUS por pura GRAÇA, e que não tenta se livrar de sua humanidade numa tentativa de virar “anjo” ou super-homem! ... A GRAÇA DE CRISTO não faria sentido algum se existisse alguma capacidade própria de lidar com minhas mazelas, crises, limitações e pecados! Por definição, sou um cara, que se estou de pé, é somente por causa DELE.

N:Como não errar na hora em que vamos ‘falar de Deus’? Como saber diferenciar o nosso ‘papel’ do plano de Deus, e fazer apenas nossa parte?

F:Creio que antes de fazer, temos que ser. “falar de DEUS” pode ser massa, mas também pode ser uma agressão e uma falta de respeito para com o próximo. Se minha motivação for egoísta e desprovida de um amor genuíno, não passará de uma “verborréia”. Somos comunicadores da veracidade do perdão da inserção e da paternidade de DEUS EM CRISTO e se isso for somente retórica, continuaremos distantes da galera! Essas coisas se provam vivendo...


N:Fazer música com a intenção que muitas pessoas sejam salvas, é uma idéia interessante, mas como você vê os trabalhos que algumas bandas tem feito nesse sentido? Poderia citar algumas histórias de algumas delas?


F:Pois é... complicado! Cantar, berrar, urrar é “comunicar”... Existem muitos caras do bem, fazendo som com autenticidade e conseguem comunicar o “comunicável”! Por outro lado, tem uma galera apresentando um “cristianismo estranhíssimo” baseado numa “teologia/folclórica” “nórdicas e druidas” lutas infindáveis entre o bem e o mal. Jesus e o capeta no mesmo nível. Ou então algo centrado no próprio homem e em “sua capacidade” triunfante de vencer blá, blá blá... Talvez fosse até melhor tocar e não falar nada. O que particularmente NÃO acho errado!

N:Para nós, todas pessoas que Deus salvar, é motivo de festa. Mas será que você tem alguma história especial pra contar, um testemunho, que não choque apenas os que não são cristãos, mas sim, os próprios cristãos?

F:Existem várias. Não sei se o objetivo é chocar, são apenas fatos. Desde travestis que se converteram ao cristianismo, se encheram de alegria por terem provado (pela primeira vez na vida) o respeito à aceitação do verdadeiro amor. Mas também se deparam com o preconceito e o despreparo por parte dos crentes ao conviverem com esses. Muitos cristãos não se interessam e não se envolvem com essas pessoas, pelo fato da maioria deles serem diferentes e viverem na prostituição e marginalidade, por não terem qualificações profissionais ou nenhum atrativo social, ou não terem tido oportunidades. Em tese, eles esperam encontrar na igreja a oportunidade de serem acolhidos, curados, abraçados ... e nem sempre encontram. ... Há também algumas pessoas, radicais que são totalmente inversas a idéia de serem amadas por DEUS. São fechadas em si, sem referencial de futuro e sem intimidade com qualquer outro sentimento a não ser o ódio. Ver essas pessoas “sendo abraçadas” pela GRAÇA DO PAI e entendendo o significado de “paternidade”... é gratificante! Muitas acabam vendo que o "satanismo" não lhes toca e aquele papo de símbolo de rebeldia e "ódio" por DEUS, família e sociedade, não passam, muitas das vezes, de uma forma de gritar: "EI, ESTOU AQUI... EXISTO!!!!!" E o que dizer dos transexuais, hermafroditas, deficientes físicos, os doentes da AIDS, mães solteiras,tantos que foram abusados de todas as formas e nem sempre encontram em NÓS, igreja, a aceitação e o cuidado devido... vergonhoso não acha? Mudar não é tão difícil!


N:Quais seriam os grandes erros cometidos pela a igreja, na sua opinião?

F:Cara, falar da igreja é falar de mim, de você e de um período histórico conturbado! São muitos erros, um dos mais “perturbadores”, pra mim, é o fato de estarmos sempre olhando pra nós mesmos! Celebrando nossas conquistas, ministérios, templos, grandes feitos, influência política, enfim... Creio, que voltarmos para a simplicidade da vida cristã e valorizarmos o que DEUS valoriza, isto é, VIDAS, é o começo de uma restauração! Enquanto não olharmos pra nós mesmos,e o tempo todo, entendermos que fomos salvos PELA GRAÇA, não por méritos ou por alguma capacidade de “impressionar” a DEUS, ou por ser “bonzinho”,etc... dificilmente sairemos desse “feudo etnocêntrico”,covarde e excludente! Somos idênticos a todos os outros humanos, a ÚNICA diferença, FOMOS ALCANÇADOS POR ELE! E olha que éramos inimigos heinnn!!!

N:Hoje em dia, os estilos musicais se tornaram muito abrangente, assim como os rockers, estão bem mais tolerantes. Mas como você explicaria o fato de um cristão tocar numa banda satânica, se fosse o caso?

F: Antagônico. Não creio numa “guerrinha” entre o bem e o mal (o “BEM” JÁ VENCEU LÁ NA CRUZ, LEMBRA?) mas no meu entendimento, tocar numa banda “satanista” é o mesmo que dizer: "a paz se faz com guerras..." Sei lá, uma espécie de “niilismo gospel” risos!!!!!
--- Tenho o entendimento (ou falta dele eheheh!!! ) de que SE NÃO devo ouvir música secular também NÃO devo ver filmes não cristãos ou ler livros que NÃO sejam evangélicos etc... por que ouvir musica é errado mas ver um filme não é??? Será que não existe um ranço de capricho fundamentalista aí? Ter bom senso e discernimento é fundamental. E respeito a galera que NÃO ouve musica secular...

N:Eu lembro da sua coluna no fanzine Metal Mission (RIP). O que você anda fazendo hoje em dia pelo rock cristão? Ou melhor, pra que mais loucos sejam salvos?

F:Continuo envolvido no cenário. Tanto cristão como não cristão. Tento deixar claro meu respeito e admiração e apoio. ... salvação é uma DOCE conseqüência de se estar lá! Constantemente escrevo textos e pequenos artigos sobre o assunto e participo em congressos sobre missões urbanas também!

N:Você parece ter uma atenção especial com os ‘rockers’, o que normalmente a igreja se recusa a vê-los ou ajudá-los... Isso o torna muito importante no meio underground, e faz com a cena, de fato tenha seu lado sério, já que muitos estão entre nós por apenas interesse musical. Eu não sei se é exatamente assim como relatei em minha pergunta, então queria que comentasse e me corrija.

F:Pois é! Creio que foi respondido na questão anterior (??) Autenticidade é a palavra de ordem! Deixar claro suas convicções, crenças e posturas em face ao pecado e as injustiças e ao mesmo tempo respeito por “eles” é o que fará a grande diferença. E isso pode significar desprezo e hostilidades ás vezes, por parte de alguns. Mas certamente um reconhecimento por você ser quem é. Tipo, não ser um “camuflado”, sacou!? Sem duvidas existem vários que se envolvem em qualquer cenário, apenas com o intuito de se promoverem, tirarem alguma vantagem. Esses são os verdadeiros “posers”.

N:Na pergunta antes dessa, eu me referi apenas ao ‘rockers’, mas essa é sobre as pessoas, que lamentavelmente os cristãos não se importam... Que são aqueles abandonados, que vivem nas ruas, drogados, resumindo, pessoas sem condições de vida alguma. O que você tem a dizer sobre isso...

F:Deveríamos entender que viemos de “lá”. Do lado vazio da existência. Tendo segurança material ou não, éramos exatamente assim! O país e o mundo vivem uma crise muito grande. Exceções, falta de empregos, ameaças de cataclismos, violência e uma forte pressão sobre todos. Tem gerado cada vez mais pessoas inseguras e solitárias. A tal síndrome do pânico, entre outras, é um sintoma desses dias! E o melhor de tudo isso é que a igreja que foi “arquitetada” no coração de DEUS tinha esse povo como foco! Olha que oportunidade tremenda que estamos tendo em ser igreja!!! Nunca foi o padrão absoluto, ser cristão do tipo, “classe media”, pessoas normais, bonitinhas, sem problemas, papai, mamãe, filhinho e filhinha, um carro uma casa um emprego etc... O QUE NÃO ESTÁ ERRADO. CASAR E TER FAMILIA É MUITO BOM!!! Falo isso porque nem todos atingirão esse modelo de vida. ... Que nunca foi sinônimo de verdadeiro “salvo”. Qualquer um em qualquer realidade é bem vindo e se adequar no coração desse DEUS... Já sacaram a pressão que pessoas solteiras sofrem? ”-O que?...não se casou ainda?”
”-Coitadinho! Com essa cara...” ”-Vai virar titia heinnn!” ”-Você já tem tantos anos... e o casamento?” ”- hummm! Não se casou ainda... deve ser gay!” E por aí vai... como se a galera fosse obrigada a se casar pra provar algo!

N:E as tattoos, você realmente ama essa arte, não? Isso não o atrapalha em sua missão?

F:Houve um tempo em que tattoos eram um “escândalo”, não só para os crentes, mas também para os não crentes. Resquício de uma ditadura militar que infelizmente “doutrinou” boa parte da população evangélica. Amo essa arte, como você disse, e não me atrapalha em nada, porém não faço apologia de tattoos!

N:Algumas bandas cristãs chegam a travar uma ‘guerra’ contra o rótulo de white metal. E qual seria sua opinião a respeito desse conflito, que insiste em permanecer perseguindo os cristãos e não cristãos... risos...

F:O titulo “white metal” foi criado pela imprensa secular no início dos anos 80, para classificar o som de algumas bandas, principalmente o TROUBLE, em contra-partida às bandas de metal “satânico” ou black metal, usado pela banda VENON, a princípio. Sei que foi importante esse “rótulo”, mas na minha opinião, hoje se tornou obsoleto e sinônimo de “mais um movimento”, algo do tipo, bem x mal, sacou!? Existem várias formas de se enxergar um mesmo objeto, talvez outras pessoas pensem diferentes. Mas eu entendo que só faz sentido esse papo todo de bandas de metal, hardcore, black etc, se os “não crentes” forem os convidados de honra a participarem. Caso contrário o que me parece é a “cristianização” e a “sacralização” de uma (contra ) cultura. Isso é idolatria!

N:Você já ouviu falar de Larry Norman, conhecido como The Father Of Christian Rock?

F:Com certesa eheheh!!!

N:Algumas velhas bandas estão voltando ou relançando seus materiais. Quem você gostaria que voltasse? E o que você recomenda de ‘old’ e new?

F: Algumas bandas FANTASTICAS, deveriam ficar só na história. Fizeram um bom trabalho, mas se pudesse escolher, acho que diria o "THE LEAD" e "THE WARNING". Acho que o trampo deles seria atual e a postura Cristã radical (no bom sentido da palavra -risos!!!!) seria bastante impactante! Existem muitas bandas ótimas hoje em dia. Dos mais diversos estilos dentro do som pesado E uma moçada fazendo coisa nova também. Iguais ou melhores entre as melhores!!!

N:O Livro que o Gary Lenaire [primeiro guitarrista do Tourniquet] escreveu, An Infidel Manifesto - Why Sincere elievers Lose faith (Um manifesto infiel - porque crentes sinceros perdem a fé). Me parece desanimador, e me fez lembrar bastante daquele caso que aconteceu com o Roger Martinez.

[Roger era um cristão fervoroso, influenciou muito a cena cristã, chegou a ser pastor... E depois, de alguns conflitos, abandou o cristianismo...) No cemeço alguns dizia que ele tinha virado 'satanista'...

F: Não li o livro, mas vejo que compartilho do mesmo sentimento de Lenaire, quando olhamos para traz vemos alguns “náufragos da fé”. Com todas as dores, perdas e tentativas de se legitimar nossas razões, NADA justifica. Não está escrito em lugar algum que a caminhada cristã é “prazerosa” e fácil...


N:Você foi ao show do Stryper? Qual foi a banda mais legal que você já viu ao vivo e que te deu vontade de praticar uns mosh?

F: Fui sim ao Stryper em Belo Horizonte. Grande show! Muitas bandas brasileiras “mexem” comigo! Mas da galera de fora, quase morri no show do FIGURE FOUR... sem palavras!!!!

N:Você já se envolveu em algum trabalho de alguma banda, tocando, produzindo ou escrevendo?

F:Sim!!!!!

N:O que você já notou de estranho no meio cristão, e que teve que fechar os olhos?

F: Acho que o envolvimento de forma simplista às vezes interesseira e burra com a política! Também quando reproduzimos as mesmas pasmaceiras e modelos de nossa mídia populesca e seus programinhas cretinos, em nossas reuniões, cultos e atividades...

N: O que acha da igreja ‘underground’ Zadoque?

F: Amo o Batista e uma galera que conheço de lá. Creio que eles, assim como nós, estão tentando fazer a coisa certa!

N:Eu li algo sobre o Antidemon que me deixou um pouco preocupado. [O Batista, comentou, que apesar do Antidemon tocar death/grindcore, ele não é fã desse tipo de música. E faz isso apenas pra atender um chamado de Deus.] Não posso afirmar que é bem assim como escrevi, mas eu te pergunto. O que você tem a dizer sobre isso? Será que é possível funcionar, atitudes do tipo, se encher de tatuagem, tocar um estilo de música brutal, pra atrair gente pra igreja?

F: Acho que até o Batista concorda que qualquer atitude, principalmente aquelas em nome de DEUS, tem que estar encharcada de honestidade e seriedade para com o outro, nós mesmos e DEUS. De repente fazer algo que não se gosta em beneficio do outro pode ser chamado de SACRIFICIO.

N: O Cristianismo no Brasil é bem diferente do Europeu assim como dos Estados Unidos. Não seria nada agradável para os ‘crentes’ daqui conviver com outros cristãos que fumam e bebem. Como lidar com isso? Sobre aquele show que o Tourniquet fez no Brasil, rendeu alguns boatos.[Os boatos era sobre o fato deles fumarem... ) Mas falando um pouco sobre do assunto comentado anteriormente, eu fiquei mesmo ‘chocado e triste ’ foi quando vi no DVD do Saviour Machine, o guitarrista do Narnia (sim, o guitar hero, Carl Johan Grimmark) virando uma garrafa de Whisky. E você, já se surpreendeu com algo desse tipo ?

F: É verdade. Algumas divergências nos abalam mesmo! Estamos “seguros” dentro de nossos parâmetros e conceitos de certo e errado. Quando isso escapa ao nosso “controle”, somos desconstruidos! ... e muitos “caem” da fé por isso ...!!! ... mas isso deveria nos alicerçar mais e mais Rechaçando nossas convicções enquanto amadurecemos como pessoas. Passei por isso no Reino Unido. Tive os mesmos sentimentos de “indignação” e fui tomado por uma espécie de zelo-ultra-superior-espiritual–moralista-dono da verdade!!!!! Aprendi que temos os mesmos deslizes pois eles também vêem algumas atitudes inadmissíveis em nós. Ex. envolvimento com questões ambientais (ou melhor, a não participação de forma ativa, com as questões de preservação do meio ambiente. Pois nós temos ainda, pelo que lutar! ) ...NÃO ESTOU JUSTIFICANDO NADA, PELO AMOR DE DEUS!!!! Só estou tentando dizer que fazer o errado é muito mais fácil do que fazer o certo e reconhecer o errado no outro é mais fácil ainda... e o mais agravante, por mais cristãos que alguns sejam, fumar e beber não tem nenhuma implicação moral. Bem, não deixa de ser um ótimo assunto pra debatermos, certo!?

N: Não parece legal a maneira como os cristãos especulam suposta conversões de artitas seculares, Nicko McBrain (Iron Maiden), Dave Mustaine (Megadeth) e Alice Cooper. Será que não estamos equivocados, em relação a pensar, que pelo o fato de um famoso se tornar cristão, ser mais importante que qualquer outra pessoal. O que você pensa sobre esse tipo coisa?

F: Realmente nos falta capacidade de “conhecermos o coração do homem”. Podemos supor, especular, “bisbilhotar” etc... Mas deixem as árvores produzirem seu frutos. A natureza é a melhor professora [risos]!!! Sou grato a DEUS por essa galera se voltarem pro Cristianismo E ATÉ QUE SE PROVE O CONTRARIO, são meus irmãos em CRISTO e encontraram respostas ... é isso! Ser artista, musico é uma atividade profissional. O cara tem que sobreviver. É digno trabalhar honestamente. Sou contra e me incomoda profundamente, quando “divinizamos” essas profissões, transformando-as em “ministério” e fazemos dessas pessoas semi-deuses, grandes ministros. E aí nem é “culpa” deles!!!! Foram tratados assim a vida toda! A grande falácia é quando os cristãos perpetuam esse ciclo que em nada ajudam essa galera na caminhada Cristã! Bem, falei, mas espero que não seja essa a realidade de vida, desses caras que você citou, Vejo isso acontecer mais aqui no Brasil mesmo!

N:Agora, chega de perguntas. Nem o Larry King é assim [Risos] Deixe um recado...

F: O underground cristão já foi codificado. Absorvido pelo sistema de consumo igual a todos os movimentos seculares.
Na pós-modernidade o impossível acontece, a antítese se funde a tese! A contra-cultura se “alia” a cultura, não sei, parece que o mundo e seus sistemas agonizam. O que nos resta é preservarmos nossa identidade cristã ao ponto de ela ser relevante e objetiva, primeiro pra minha própria vida, e depois pra minha geração! JESUS CRISTO é esse fundamento. Sua morte e ressurreição traduziu o amor e o poder subjetivo de DEUS, em linguagem prática, de ação, de objetivo. Amor que cura, que perdoa, que dá sentido... Valeu a oportunidade. Espero ter somado!

Contato com Fábio Carvalho -
Cx. postal 1512 Belo Horizonte – MG 30123-970
Email - valho2005@gmail.com
Site/Blog - http://atitude-sria.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Um cristianismo de dogmas e costumes é o q muitos de nos vive, cristianismo de placa de igreja rituais onde nos fechamos em uma teia de idéias onde o mundo lá fora não existe, só nossos dogmas doutrinas e costumes. è necessário um encontro com cristo, é preciso cair do cavalo para q possamos entender q o cristianismo de Jesus não tem o nome de uma religião nem o nome de uma Deus , Cristo veio trazer boas novas e nos ainda queremos nos ater a rituais e dogmas. Encontrar-se com Jesus é amar a Deus q não tem nome, amar por reconhecer q somos miseráveis sem Ele, é perceber que dependemos dEle por toda a eternidade, é saber nosso lugar junto ao pó, é amar ao próximo porq Ele nos deu o maior exemplo nos amando quando não tínhamos nada a oferecer. Fabio quero dizer q entendo cada palavra q vc disse e q não cabe a nos julgar se os caras tão tomando vinho ou fumando estamos aqui par falar do amor de Deus, para falar da personificação deste amor chamado Jesus de Nazaré, vamos espalhar o evangelho e como diz a palavra aquele q está de pe cuide -se para q não caia. Fabio concordo com vc quanto a questão cultural é como vc disse não da pra gente fikar nos apegando a dogmas q recebemos de nossa cultura e querer aplica-las eu outras culturas. Vamos deixar Deus cuidar do julgamento. Paz seja contigo

    The Whitemask
    Rest Gothic Vokal
    http://www.zaplim.com/rest/

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